terça-feira, 29 de novembro de 2011

Liz
Liz, Liz, Liz,
Seu cabelo, em alvoroço,
Sua pele branca, meu calabouço,
Sem grades, sem visão, abandono!
Não posso te perder, não posso me perder,
Sou um errante preso num trono!
Sou invasor, sou invadido,
Nada faz sentido!
Sem o teu poder, sem a tua luz,
Sem o teu corpo, só ele me seduz,
Sou apenas um contorno de giz!

Liz, Liz, Liz?
Porque me deixou uma ferida, uma cicatriz?
Preciso dos teus olhos, da tua diretriz!
Ó Liz, ó Liz, ó Liz, ó ardor,
Ó amor, que me consome e que me encobre,
Eu um pobre, ferido indivíduo,
Apaixonado, largado, cansado!
Não sei o que fiz, por que não me diz?
Não me maltrate, ó imperatriz!

Liz, minha Liz, minha amada,
Menina pequena, mulher fantasma!
Indecifrável elemento imantado,
Com um toque sutil e macabro,
Machucou, esmagou, decepou,
Jogou o meu coração num alçapão,
Magoou, fingiu que me amou,
Caprichosa, me colocou na escravidão,
Agora, vivo os dias de servidão,
Onde recebo migalhas, seu amor charlatão,
Na verdade, sou pura devoção,
Esperando seu amor verdadeiro, e não o seu ferrão!

Maria olivieri

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